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BLOG AROMAR

  • Foto do escritor: Tamara Rangel
    Tamara Rangel
  • 4 de ago.

Atualizado: 18 de ago.


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A saboaria é uma prática ancestral que atravessa a história das sociedades, presente nas mais variadas culturas ao longo do tempo, até que o processo de industrialização contribuiu para que o sabão se tornasse um item indispensável para a higiene das populações. Sabonete facial, sabonete em barra ou líquido, sabão de lavar roupas ou detergente. Todos tem uma mesma origem: a mistura de uma gordura com uma base alcalina que resulta em um produto espumoso que limpa as sujidades. Contudo, a indústria recriou uma composição que era simples adicionando dezenas de aditivos, conservantes, derivados de petróleo, fragrâncias artificiais, corantes sintéticos, entre outros.


Além de baratear e aumentar o tempo de prateleira, o sabonete industrializado convencional carrega as sobras de outras industrias, como o reaproveitamento da gordura animal. Sim, a maioria dos sabonetes para higiene disponíveis no mercado é feita com “sebo bovino”, você pode identificá-la no rótulo como: tallow, sodium tallowate, seboato de sódio; ou seu derivado mais comum, o ácido esteárico (Stearic Acid).


O sinal de alerta é que diversos conservantes sintéticos e derivados de petróleo encontrados nos sabonetes convencionais, além de serem poluentes ao meio ambiente, também apresentam riscos à saúde. As dermatites e outros processos alergênicos podem ser causados por substâncias como lilial, benzoato de benzila, hidantoína e BHT, que também tem sido apontadas como potencialmente carcinogênicos e disruptores endócrinos, de acordo com a Environmental Working Group (EWG), a Environmental Defence Canada e a Internacional Agency for Research on Cancer (IARC), em pesquisas divulgadas pela eCycle.


Se você chegou até este post, é por que certamente busca alternativas aos cosméticos sintéticos e suas formulações quase que “secretas”, que deixam nossa saúde vulnerável a substâncias desconhecidas.

Fazer o próprio sabão é uma forma de se assegurar da composição, origem e propriedade de cada ingrediente. Além disso, pode ser mais econômico se em um dia você produzir uma barra que lhe rende 10 sabonetes que duram meses, ou até mesmo resultar em renda extra. A prática da saboaria natural resgata os saberes antigos e a simplicidade na produção do sabão, contribuindo para construir uma

nova economia e cultivar hábitos de cuidados mais saudáveis e terapêuticos.


O meu manual SABONETEAR pode te guiar nesse caminho e te proporcionar mais autonomia no

seu autocuidado e da sua família. Nele você vai conhecer a função de ingredientes básicos e mais próximos de como são encontrados na natureza, como óleos e manteigas vegetais, extratos, óleos essenciais, argilas, ervas, entre outros ativos naturais. E, assim, vai aprender criar suas próprias receitas, de maneira simples e segura. e o conteúdo. Clique aqui para mais detalhes sobre como adquirir seu e-book.


Com afeto, Tamara.




 
 
 
  • Foto do escritor: Tamara Rangel
    Tamara Rangel
  • 29 de jul. de 2020

Atualizado: 18 de ago.

O que são as argilas e como utilizá-las?


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Imagem reprodução: Pinterest


Na argiloterapia, terapia com uso da argila, ela é utilizada de forma medicinal para inúmeros tratamentos em todo o corpo. Mas aqui vamos falar apenas no âmbito da cosmetologia natural e seu uso na pele, o famoso skincare, tá bom?


Argila é um mineral natural extraído dos solos, oriunda de rochas sedimentares, composta de grãos muito finos de silicatos de alumínio, associados a óxidos que lhe conferem diversas tonalidades e propriedades. Os vários tipos de argila são originados a partir de um conjunto de processos físicos e químicos (bem demorados) que modificam as rochas e alteram sua forma física e composição química. É importante entender que existem diferentes tipos de argilas: branca, verde, preta, amarela, vermelha, cinza, etc., e que essa variação, portanto, não é só de cor, mas também na composição, diferindo assim seu uso e indicações.


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Imagem reprodução: Pinterest


São os sais minerais presentes na composição da argila que proporcionam suas propriedades terapêuticas, por possuírem elementos químicos semelhantes aos do corpo humano, como cálcio e ferro, elas têm ações anti-inflamatórias, cicatrizantes e desintoxicantes e servem para muitas aplicações. A argila é facilmente absorvida pela pele. Ela adquire plasticidade quando misturada em água, sendo facilmente moldada. Sua adsorção consiste num processo físico-químico pela qual as argilas deixam passar moléculas e partículas microscópicas para o interior da pele, sendo um processo muito útil na fixação de toxinas presentes no organismo para sua posterior eliminação. Ah! E por serem produtos naturais e puros, as argilas não degradam o meio ambiente!


A concentração de determinados minerais na argila confere qualidades especiais que a tornam muito utilizada em tratamentos de beleza para desobstruir poros, eliminar toxinas e regular a produção sebácea, por exemplo. Na estética, atua como tonificante corporal e auxilia na drenagem linfática quando aplicada em compressas. A argila nos cabelos atua como um redutor da oleosidade e é usada na eliminação de impurezas.

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Imagem reprodução: Pinterest


Como utilizar a argila?


Geralmente adquirimos a argila em pó, pronta pro uso, só precisamos hidratá-la. Também no mercado da cometologia encontramos mascaras prontas com argila e os sabonetes naturais. Fica a seu critério, mas garanto que a argila simples e baratinha já é muito rica e pode te ajudar!


Passo a passo da máscara facial com argila:


1- Em uma vasilha (evite metais) misture a argila em pó com a água mineral (ou chá ou hidrolato) até que forme uma pasta. Apenas uma colher de argila já é suficiente pro rosto.


2- Passe uma camada generosa no rosto com ajuda de um pincel, espatula ou dedos. Evite passar na área dos olhos, lábios e regiões sensíveis.


3- Deixe agir de 15 a 20 minutos, mas não deixa-a secar totalmente, de vez em quando borrife um pouco de água no rosto mantendo hidratada, para sua pele não ficar ressecada ou repuxando.


4- Lave com água fazendo movimentos circulares e estimulando a microcirculação.


5- Hidrate o rosto com seu hidratante, sérum ou óleos vegetais. (Mesmo peles oleosas esse passo é muito importante).


Uso de óleos essenciais com argilas


Na aromaterapia há opiniões divergentes sobre a associação do óleo essencial à argila, alguns estudiosos afirmam que ela é boa carreadora e para outros não é compatível bioquimicamente. Podemos discutir isso mais à frente, mas sinta-se a vontade para associar ou não algumas gotinhas e experimentar.


Qual argila escolher?


Argila Branca: absorve oleosidade sem desidratar a pele, suaviza, cicatriza e catalisa reações metabólicas do organismo. Pode ser usada no tratamento de manchas, pois possui efeito clareador - indicada para peles sensíveis e delicadas, desidratadas, envelhecidas e acneicas.


Argila Vermelha: excelente para peles sensíveis, hidrata, previne linhas de expressão, tem efeito cicatrizante e, por ser rica em óxido de ferro, ela ajuda a renovar a estrutura das células, que precisam do ferro para realizar a respiração celular e ativa a circulação sanguínea.


Argila Rosa: é a mistura da argila vermelha com a branca, agregando o que existe de melhor na argila vermelha com a suavidade da branca, resultando em uma argila suave, indicada para peles mais sensíveis e delicadas. Ela é rica em óxido de ferro, que tem papel importante na respiração celular, mantendo a pele hidratada e com elasticidade, limpa profundamente a pele, removendo toxinas.


Argila Verde: apresenta pH neutro, grande função absorvente, combate edemas, é secativa, antisséptica, bactericida, analgésica e cicatrizante. Ela é indicada para peles oleosas e acneicas, oxigena as células, é esfoliante suave, promove a desintoxicação e regula a produção sebácea.


Argila Preta: é a mais nobre dentre todas as argilas, já que ela é extraída de lama vulcânica, o que a torna bastante rara. É usada para tratamentos de inflamações na pele e tem excelentes resultados no controle da acne e de outras infecções da pele. Além disso, também apresenta grande e concentrada quantidade de matéria orgânica e enxofre, os quais são extremamente benéficos para a saúde cutânea.

Ela também promove limpeza profunda, pois absorve resíduos que possam estar impregnados na pele, sendo desintoxicante.


Argila Cinza: possui ação desinfetante, cicatrizante e suavizante, é indicada para peles oleosas e com manchas. Devido ao titânio presente em sua composição, combate espinhas, cravos e é um excelente esfoliante. A argila cinza é antioxidante natural, retardando o envelhecimento da pele.


Argila Amarela: excelente rejuvenescedor, graças à presença do silício em sua composição. Ela pode ser usada em todos os tipos de pele, mas o uso é mais indicado para pelas secas e maduras, em que seu potencial de ação é maior. É um elemento catalisador para formação de colágeno e para aumentar a elasticidade, reduzindo as rugas. Dessa forma, ela retarda o envelhecimento da pele.


Pronto, agora é só escolher sua argila e fazer sua mascara bem linda! Depois me conta o que achou ou partilha aqui sua experiência de como gosta de usar argila, vou amar trocar essa ideia. Gratidão por ler nosso conteúdo!


(Fontes de referências: Ecycle e Greenme)

 
 
 
  • Foto do escritor: Tamara Rangel
    Tamara Rangel
  • 30 de jun. de 2020

Atualizado: 18 de ago.

Você já ouviu falar que seu creme esfoliante pode estar matando os peixinhos asfixiados nos oceanos? Ou que a espuma do seu shampoo está contaminando os solos e impedindo o crescimento das plantas? Por acaso já pensou pra onde vão e quantos anos permanecem sem se degradar todas as embalagens plásticas de cada cosmético que você utiliza no dia-a-dia?


Pensar nessas respostas pode ser assustador ou, para muitos, pode parecer um exagero de ambientalista! Mas são todas as pesquisas já comprovadas em torno delas que nos levam a pensar na nossa responsabilidade enquanto consumidores. E é urgente pensar! Por isso, hoje em dia, tanto sem fala em cosméticos naturais e biodegradáveis. Informação muda tudo! Então hoje vamos refletir sobre o que significa esse termo "biodegradável" na prática.


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Fonte da Imagem: Urban arts / pinterest


O material biodegradável


Bom, primeiro entender o que um material biodegradável é aquele que o conteúdo orgânico se transforma em húmus, água e gás carbônico em até no máximo 180 dias, de acordo com a norma ASTM D6400 (BIOEGREEN, 2019). Ou seja, são materiais que vem de fontes naturais e retornam pro meio ambiente se incorporando a ele sem causar danos. Além disso, esses materiais podem ser compostáveis, ou seja, se degradando em um tempo menor e se transformando em resíduos ricos em nutrientes para o solo podendo até ser adubo para as plantas. (Mas atenção, nem todo material biodegradável é compostável!)


Como os compostos não-biodegradáveis podem contaminar o meio ambiente?


Não estamos só falando de embalagens, que são de fato as maiores causadoras de poluição no meio ambiente, mas também de toda matéria-prima do produto. Vamos pensar no shampoo, já que tamos tratando dos cosméticos... O shampoo convencional é composto por agentes de limpeza que são os tensoativos, responsáveis pela retirada de impurezas do couro cabeludo e dos fios, os mais usados são o lauril sulfato de sódio e o lauril éter sulfato de sódio. A água é o meio de veículo desses compostos, e infelizmente no Brasil não temos um sistema de tratamento de esgoto adequado, ocorrendo que essas substâncias que possuem potencial tóxico são lançadas em corpos d’água, poluindo rios, lagos e oceanos. Seu acúmulo é responsável pela diminuição da disponibilidade de elementos de sobrevivência da fauna e flora aquática, como oxigênio e a penetração de luz. Além do mais, antes de chegar aos leitos de água, passam pelos solos, modificando seu pH e prejudicando a microbiota natural, contaminando as plantas ou impedindo seu desenvolvimento.


Também já existem diversos estudos comprovando a ação poluente de outros aditivos como os parabenos (metil e propilparabeno), fosfatos estabilizadores de espuma, piridintionato de zinco (metal pesado) e as famosas microesferas (que podem estar em esfoliantes, pasta de dente, gel de limpeza) de polietileno (polypropylene), entre outras substâncias sintéticas presentes nos cosméticos comuns. Por isso, para que um cosmético seja biodegradável e amigo do meio ambiente, além de não ter esses contaminantes, ele precisa nos informar sobre sua composição que deve ser a mais natural possível, a partir de matéria-primas limpas e, sobretudo, fáceis de entender "de onde vem".


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Fonte da Imagem: 5 Gyres Institute / ecycle


Como identificar as matérias-primas naturais?


A Ecocert define que os cosméticos naturais podem ter, no mínimo 95%, do conteúdo total de matérias-primas naturais. Os outros 5% podem ser constituídos por substâncias sintéticas listadas pela certificadora, mas que não estão inseridas nas matérias-primas proibidas para cosméticos naturais.

De acordo com o instituto biodinâmico e a Ecocert esses materiais são:


Matérias-primas permitidas: manteigas vegetais, óleos vegetais, lanolina, ceras vegetais ou de abelha, corantes naturais, pigmentos naturais, óleos essenciais, extratos vegetais, minerais e polímeros naturais.


Matérias-primas não permitidas: derivados do propileno, corantes sintéticos, fragrâncias sintéticas, amônia, silicone, conservantes sintéticos, dietanolamidas, derivados do petróleo, entre outros.


Atenção! O cosmético é natural, mas e a embalagem?

Com relação aos materiais biodegradáveis para embalagens existentes no mercado atualmente podem ser citados: plástico biodegradável, cortiça, cerâmica, celofane vegetal, sisal, papel kraft e algodão cru.


Alguns produtos, contudo, ainda são muito difíceis de armazenar em alguns desses materiais listados pois encarecem o custo de produção, o plástico reciclado ou biodegradável, por exemplo, ainda é muito caro e inacessível para a maioria das pessoas. Por isso também se aposta no incentivo à reciclagem e utilização de materiais em vidro, que podem ser mais facilmente reciclados ou reaproveitados.


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Fonte: TCC Ser: Cosméticos naturais


E na aroMar?


Em nossos produtos ainda utilizamos embalagem plástica no desodorante spray (para não encarecer muito o produto, mas pretendemos eliminar em breve!) e vidro na maioria dos outros produtos, exceto os sabonetes e shampoos em barra que vão embalados em celofane vegetal ou kraft ou algodão.


Por outro lado, adotamos a política de retorno das embalagens que garantem desconto de 5 a 10% na próxima compra, para que a gente possa reutilizar ou descartar com a cooperativa recicladora que coleta nossos materiais. Para vendas onlines em outros estados, ainda não temos uma logística para viabilizar o retorno dessas embalagens, mas orientamos que vocês façam o mesmo! Nunca descarte uma embalagem sem antes pensar em um novo uso ou uma forma de reciclá-la. Tá bom?!


Quanto as embalagens externas, não utilizamos sacola plásticas, e sim saco e caixas em kraft. Do conteúdo pode ficar tranquilo(a), é tudo 100% matéria-prima natural, vegetal e biodegradável, e informamos sempre todos os competentes na descrição do produto.


Obrigada por ler nosso conteúdo!


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Mais informações e referências (links):


Conheça as diferenças entre cosméticos naturais, orgânicos e convencionais (clique aqui).


O que são produtos biodegradáveis? (clique aqui).


O perigo dos microplásticos nos esfoliantes (clique aqui).


Trabalho de conclusão de curso Ser: Cosméticos naturais. (clique aqui)




 
 
 
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